sábado, 13 de abril de 2013

MEDITAÇÃO VIPASSANA: a arte de viver segundo S.N. GOENKA


VII. O treinamento da sabedoria.


"Se as raízes permanecerem
intocadas e firmes no solo, uma
uma árvore tombada ainda lança novos
brotos. Se o hábito subjacente da
avidez e da aversão não for erradicado
o sofrimento volta a surgir vezes sem conta."



“Enquanto o condicionamento permanecer na mente inconsciente, novos brotos surgirão na primeira oportunidade, causando sofrimento. Por essa razão, mesmo depois de ter atingido os mais altos estados alcançáveis pela prática da concentração, o futuro Buda não se convenceu que tivesse atingido a libertação. Decidiu que devia continuar à procura da via para a libertação do sofrimento e do caminho para a felicidade.”
“Ele viu duas opções. A primeira é o caminho da autoindulgência, dar a si próprio a liberdade de procurar a satisfação de todos os seus desejos. Esse é o caminho mundano que a maior parte das pessoas segue, tenham ou não consciência disso. Mas ele percebeu claramente que esse caminho não pode levar à felicidade. Não há ninguém no universo cujos desejos sejam sempre satisfeitos, em cuja vida tudo o que é desejado acontece e nada acontece sem ser desejado. As pessoas que seguem esse caminho sofrem inevitavelmente quando deixam de realizar seus desejos; ou seja, sofrem desapontamentos e insatisfação. Mas sofrem igualmente quando alcançam os seus desejos: sofrem do medo de que o objeto do desejo desapareça, que o momento de gratificação se revele transitório, como de fato deve ser. Ao procurar, ao alcançar e ao perder os seus desejos, tais pessoas permanecem sempre agitadas. O futuro Buda, ele mesmo, experimentou esse caminho antes de deixar a vida mundana para se tornar um recluso. Sabia que não poderia ser aquele o caminho para a paz.”

Trecho de: Hart, William. “Meditação Vipassana.” Pariyatti Press. iBooks.

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